sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Das coisas que deixamos pelo caminho


Atenção!

Este post contém altas doses de auto ajuda.

Hoje acordei com pensamentos muito profundos. Lembrei o quanto eu sou diferente do que eu era ano passado, e há 5 anos atrás, e há 10. Lembrei de pessoas com quem eu não falava mais e não consegui lembrar o motivo do afastamento. Acho que tem coisas que acontecem naturalmente, como deixar coisas pelo caminho. Não seria possível manter contato com todas as pessoas que conheci ao longo da vida, porque as coisas podem mudar em  um segundo. Você pode mudar de cidade (ou mudar, simplesmente), pode iniciar um relacionamento e se afastar, entrar em uma rotina maluca, morrer. Nada garante a permanência das pessoas ao teu lado. E esse blá, blá, blá de que "se a pessoa ficou do seu lado e manteve contato ela é especial", bobagem! Tem pessoas que ficam ali porque não tem pra onde ir. E essas pessoas são absolutamente desnecessárias. 
Não só abandonamos pessoas, mas também maus hábitos, vícios, relacionamentos destrutivos, alguns defeitos. E claro, sempre tem a possibilidade de adquirirmos tudo isso também. Comecei a fumar aos 15 anos por pura influência. Em 2002 fumar ainda era cool. Se aos 15 anos eu tivesse a personalidade que tenho hoje, jamais teria começado a fumar. Não teria feito um monte de besteiras também. Mas como a vida não é um livro do H.G Wells, não podemos voltar no tempo, mas sim saber o que fazer do tempo que nos é dado (profundo, hein?!). 
Acho que mais importante que me perguntar o motivo pelo qual deixei coisas e pessoas pelo caminho, é saber que tudo o que aconteceu, foi para eu me tornar quem sou hoje, cercada apenas de pessoas por quem vale a pena se importar, e seguir em frente. 

Pensando em tudo isso, cheguei à conclusão de que mesmo se tivesse sido uma pessoa diferente, tivesse estudado em outras escolas, conhecido outras pessoas, viajado mais, feito outra faculdade, não seria eu, seria outra pessoa e, olhando para trás, eu gosto de ser como sou, e de estar onde estou e de fazer o que eu faço. Aos 15 anos achava que se sentir aceita era o mais importante. Hoje eu sei que há muito mais. E perceber tudo isso, é apenas o início. 


2 comentários:

  1. Muito bom o tema, titia, essa questão de deixar coisas pra trás faz parte de um contexto de avanço em nossas vidas, uma espécie de seleção natural daquilo que realmente precisamos para permanecer evoluindo. Não se trata absolutamente de deixar de lado nossas raízes, tampouco aquelas(les) amizades/amores que um dia pareciam eternos, mas sim de amadurecer de modo geral, deixar pra lá faz bem.. (p.s. uma mania minha que exercita esse perfil é a de deletar vez ou outra centenas de músicas do hd sem motivo aparente, somente pelo prazer de preencher as lacunas com novas (ou não) músicas praticando o desapego num paralelo curioso com a vida.. hehe!)

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  2. Eu estou por ai pois não tenho pra onde ir.

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