terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Sobre a (falta de) ambição



Atenção!
Este post contém alta dose de conselhos chatos

.


Acho legal a ambição. Acho mesmo, principalmente se ela te impulsiona a buscar sempre mais e se superar gradativamente. Claro, quando essa ambição sai do controle, Houston, temos um problema. 

Visivelmente, peremptoriamente, não sou uma pessoa ambiciosa, sou totalmente o oposto, segundo o Aurélio, uma pessoa desprendida.
Na minha infância, ninguém sentou e me explicou a importância do dinheiro, que eu tinha que economizar, me deu um porquinho para guardar moedinhas ou alguma coisa do tipo, isso (e mais um monte de coisas) aprendi com a vida (nossa, que vivida ela é) e com as minhas experiências. Sempre quis fazer intercâmbio, ainda quero, mas ninguém havia me falado que é preciso economizar quando temos sonhos que custam dinheiro. Resultado: quando percebi isso, já era tarde, já tinha um trabalho que não podia abandonar, uma faculdade que precisava terminar e muitas outras obrigações se seguiram, esse sonho continua tão distante como esteve quando tinha 15 anos. A pergunta é: se eu fosse uma pessoa ambiciosa e tivesse aprendido a economizar  desde cedo, eu teria feito um intercâmbio? Acredito que sim, haja vista que a minha família pode ser considerada bem humilde. 
Por ser alguém extremamente avoada e desatenta, sempre vivi ao sabor do vento, sem planejamentos, agendas, planos de metas, objetivos definidos. Pode parecer algo positivo, até é, em partes, mas não nas finanças. Acredito que ninguém "vence na vida", no sentido financeiro da expressão sem ser ambicioso, por isso não entendo quando a minha família me aconselha a ser juíza porque "ganha mais".

Nunca me preocupei em acumular coisas, tudo aquilo que não me serve mais, dou para quem precisa ou vai dar mais utilidade que eu, tenho horror a guardar coisas desnecessárias. Procuro, da melhor forma, viver com o básico confortavelmente. Do mesmo jeito agia com o dinheiro. Não importava se uma coisa custasse 10 ou 100 reais, se eu tinha dinheiro, comprava. Isso acontecia principalmente com comida, sempre que estava com vontade de comer alguma coisa (vai, gordinha), não importava o preço, se já havia feito uma refeição, eu comprava. Ocorre que, chega um momento da vida que tu não consegue mais sair do lugar sem traçar um objetivo e fazer um planejamento. Quando percebi o quão irresponsável eu fui durante todo esse tempo, me deu um mini derrame. 

Vejo minhas amigas extremamente regradas com o dinheiro, falando que precisam checar suas finanças antes de ir numa festa e sinto uma tremenda inveja desta capacidade que elas tem em conseguir se planejar. Desenvolver, do nada, uma habilidade que eu nunca tive é uma tarefa árdua, das brabas. 

Quando você se prestar a ir morar sozinha ou com outra pessoa, a pagar aluguel, comer, ter um pouco de lazer, ter um lugar legal pra morar, ter um cachorro, suas prioridades precisam mudar rapidamente! é aquele momento que os seus tios e parentes chatos adoram rogar praga pra quem tem a vida melhor que a que eles tem ou tiveram "quando a água bater na bunda ela vai pular". Então, mais ou menos isso. Como falei em um post anterior, há coisas que se tornam como uma arma de choque para te mover do teu lugar ou da tua zona de conforto, e isso é super legal :)

Então, aconselho, a contrario sensu, ensinem seus filhos a fazerem planejamentos e saber o valor do dinheiro e não a serem ambiciosos, a ambição quando muito estimulada, leva a pessoa a sempre ir além, não nos seus objetivos, mas nos seus escrúpulos, tornando a visão  turva e os conceitos morais maleáveis. 
Aproveito este final de ano para iniciar o primeiro planejamento financeiro da minha vida, para o ano de 2014. Confesso que é essa atividade (chata) é mais fácil, quando cruzamos o nosso planejamento com o de outra pessoa. 






segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

sobre mudanças




Atenção!

este post contém alta dose de auto ajuda e mimimi zen. 


Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Don't wanna be a richer man
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Just gonna have to be a different man
Time may change me
But I can't trace time



Após um breve recesso quando mal havia começado (veja bem que este é um blog político), volto com um assunto que permeia a nova fase pela qual estou (estamos) sempre passando: mudanças. 

Sempre gostei muito de mudar de opinião sobre tudo, principalmente sobre minhas convicções, por isso sou tão avessa à radicalismos de qualquer espécie. Esse mês completei 26 anos e creio que passo pela segunda maior mudança da minha vida (a primeira foi quando entrei na faculdade, aos 19 anos). 

Fatos que antes pareciam ser um castigo divino ou vingança por algum mal que tenha feito à humanidade, tornaram-se apenas um pontapé inicial para uma série de mudanças em todos os sentidos. Convivo com pessoas que mudam frequentemente a olhos vistos e outras que permanecem as mesmas, não importando os acontecimentos ou direções do vento em que são levadas, elas criaram espécies de raízes sob os pés e são ferrenhamente presas às suas ideias/ideologias, não importa o viés em que enxerguem os acontecimentos, suas ideias não se alteram. Olhando pra trás, acho que eu era assim também, em relação à mim mesma. 

Não só a mudança de residência, ir morar com um garoto, a formatura foram as mudanças deste período, as interiores foram muito maiores. 
Desde o fim do ano passado sofro de síndrome do pânico, estava certa que os céus se vingavam de mim, por algum motivo. No fim das contas, percebi que se não houvesse sucumbido às crises de pânico, ter que fazer terapia e etc, não teria puxado a alavanca para as mudanças que estão ocorrendo hoje. 

Me vejo, um tanto quanto surpresa, querer ter contato direto com plantas, animais, crianças, coisas que até ano passado queria distância. Quero me ver em um relacionamento monogâmico, acreditando que ele vai dar certo, imagino até casar, olha só que coisa. Me voltei para a minha espiritualidade e passei a alterar meu modo de vida, cultivando pensamentos bons, coisas boas, vendo o melhor nas pessoas, sendo otimista. Claro que não é uma tarefa fácil, é dificílimo nos livrarmos de um padrão de pensamento, mas um dia eu chego lá. 
Desisti, definitivamente, de deixar crescer meus cabelos, passei a cuidar da minha saúde, parei de beber, estou parando de fumar, passei a fazer exercícios físicos e principalmente, reeducar a alimentação. Comecei a valorizar as pessoas que valem a pena e aproveitar com sabedoria o meu tempo (que é cada vez menor). Descobri que sempre podemos ser mais felizes, melhores, mais inteligentes e mais maduros do que somos, a mudança (na sua essência) não tem prazo e não tem limites. 

Disseram que essa mudança mais subjetiva ocorre por volta dos 40, comigo ocorreu agora e, já que nada na vida nada acontece por acaso, creio que há algo de muito positivo em tudo o que está ocorrendo, talvez eu não veja seus reflexos agora ou daqui há um ano, mas esperarei por isso pacientemente, sabendo que nada que se faça numa boa é em vão.

Se você conseguiu ler até aqui sem embrulhar o estômago, saiba que desejo que a sua vida seja uma eterna transformação, sempre pra melhor, sempre em busca de algo positivo. 
Já não sinto falta da pessoa que eu era um ano atrás, antes da síndrome do pânico, antes do meu mundo virar de cabeça pra baixo, porque quando eu voltei ao meu lugar, olhei o horizonte e percebi que ele já não era o mesmo, e nem eu. 


Namastê!


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Sobre a adolescência e Dragon Ball Z




Desde antes de eu nascer, meninas brincam com bonecas, cozinhas, panelinhas (já treinando como serem donas de casa) e meninos brincam com armas, carrinhos, video game, lutinha. Fui uma criança criada pela avó, a qual era muito preocupada com a minha segurança, não podia falar com meninos, nem brincar com as outras crianças da rua (a unica coisa que podia e ninguém tinha medo de eu ser morta ou sumir e nunca mais voltar era ir no mercado, acho que assim que aprendi a caminhar, começaram a me mandar no mercado, what a karma!). Resumindo, eu assistia bastante televisão, tipo toda a programação desde 1993 até começar a estudar de tarde, ali por 1995 e depois disso a programação da manhã. Comecei a gostar mais de desenhos de menino do que de menina, cavaleiros do zodíaco, caverna do dragão, He-Man, homem aranha, batman. As meninas com quem eu convivia não assistiam esses desenhos e os meninos não conversavam comigo sobre isso por que...bem, eu era uma menina. 
Passei a assistir cavaleiros do zodíaco em segredo e pra falar a verdade nunca gostei de brincar de boneca. A unica barbie que ganhei na vida era a mal falada Barbie grávida. Eu odiava ela. Diante desses fatos, lembro da sensação de me sentir constantemente deslocada. É incrível como pode existir descriminações até nas coisas mais simples. 
 Mais tarde, ali pelos 12-13 anos, comecei a me interessar por (outros) desenhos japoneses (anime) e isso consumiu minha vida e dinheiro até os 17 anos. 
Quando encontrei na escola meninos e meninas que também gostavam disso, meu mundo, de alguma forma, ficou completo. Fui ainda mais aceita quando comecei a assistir Dragon Ball Z, que era também voltado para o público masculino. Todo dia ao sair da aula era uma corrida até em casa para ver o episódio inédito do desenho. Durante um tempo, ser fã de Dragon Ball me identificava como pessoa. 
Parece um grandessíssimo exagero, mas quem gosta de desenho japônes, sabe o quanto pode ser viciante e ao mesmo tempo legal pertencer a esse universo. 
Mais tarde, outras coisas começaram a ser mais importantes, comecei a me identificar com outras coisas e os animes perderam importância, embora eu sempre assistisse Dragon Ball nas madrugadas do Cartoon. 
Nessa última sexta-feira eu e o Ricky Ricardo (apenas fãs de I Love Lucy entenderão o apelido) fomos assistir no Cinépolis o filme Dragon Ball Z e a Batalha dos Deuses. Nostalgias à parte, nunca havia ido em uma sala de cinema com um público tão feliz e entusiasmado. Fomos imediatamente contagiados com o sentimento de estar vendo algo que marcou nossa adolescência, no cinema. Todos os personagens do desenho estavam no filme, era como se o tempo nunca tivesse passado. Confesso que lembrar de tempos em que as minhas únicas preocupações eram assistir o episódio da semana, comprar o mangá na banca e passar de ano, me deu uma sensação boa, de nostalgia mesmo, de lembrar como era bom ter todo o tempo do mundo para os hobbys e para o ócio. Pensando bem, a adolescência não foi tão ruim assim. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Das coisas que deixamos pelo caminho


Atenção!

Este post contém altas doses de auto ajuda.

Hoje acordei com pensamentos muito profundos. Lembrei o quanto eu sou diferente do que eu era ano passado, e há 5 anos atrás, e há 10. Lembrei de pessoas com quem eu não falava mais e não consegui lembrar o motivo do afastamento. Acho que tem coisas que acontecem naturalmente, como deixar coisas pelo caminho. Não seria possível manter contato com todas as pessoas que conheci ao longo da vida, porque as coisas podem mudar em  um segundo. Você pode mudar de cidade (ou mudar, simplesmente), pode iniciar um relacionamento e se afastar, entrar em uma rotina maluca, morrer. Nada garante a permanência das pessoas ao teu lado. E esse blá, blá, blá de que "se a pessoa ficou do seu lado e manteve contato ela é especial", bobagem! Tem pessoas que ficam ali porque não tem pra onde ir. E essas pessoas são absolutamente desnecessárias. 
Não só abandonamos pessoas, mas também maus hábitos, vícios, relacionamentos destrutivos, alguns defeitos. E claro, sempre tem a possibilidade de adquirirmos tudo isso também. Comecei a fumar aos 15 anos por pura influência. Em 2002 fumar ainda era cool. Se aos 15 anos eu tivesse a personalidade que tenho hoje, jamais teria começado a fumar. Não teria feito um monte de besteiras também. Mas como a vida não é um livro do H.G Wells, não podemos voltar no tempo, mas sim saber o que fazer do tempo que nos é dado (profundo, hein?!). 
Acho que mais importante que me perguntar o motivo pelo qual deixei coisas e pessoas pelo caminho, é saber que tudo o que aconteceu, foi para eu me tornar quem sou hoje, cercada apenas de pessoas por quem vale a pena se importar, e seguir em frente. 

Pensando em tudo isso, cheguei à conclusão de que mesmo se tivesse sido uma pessoa diferente, tivesse estudado em outras escolas, conhecido outras pessoas, viajado mais, feito outra faculdade, não seria eu, seria outra pessoa e, olhando para trás, eu gosto de ser como sou, e de estar onde estou e de fazer o que eu faço. Aos 15 anos achava que se sentir aceita era o mais importante. Hoje eu sei que há muito mais. E perceber tudo isso, é apenas o início. 


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Sobre o Ricardo (o Darín)



Há dois Ricardos muito importantes na minha vida, um deles é o meu namorado/companheiro, o qual talvez/ um dia terá um post só pra ele. 
O Ricardo deste post é o Ricardo Darín, o ator argentino que eu simplesmente adoro. 

Não faz muito tempo que comecei a me interessar por cinema latino americano, posso colocar toda a culpa no cineclube "cine como le gusta" do qual eu fazia parte até meados de 2010. O cinema latino americano é tão maravilhoso que merece um post só pra ele, por isso paro por aqui essa consideração. 

 O primeiro filme que assisti com o Darín, foi por indicação de um membro do cine, "o segredo dos seus olhos", filme oscarizado que envolve a temática que eu mais gosto: a solução de um crime. Fiquei tão fascinada com a forma como o cinema argentino tratou essa questão que fui atrás de outros filmes e de outros e de outros.

 "Abutres" também foi indicado por um amigo que compartilha do mesmo gosto que eu tenho por "thrillers". O filme tem a fotografia tão escura que há cenas que quase não dá pra se perceber o que se passa e o roteiro é bem simples, um advogado que faz plantão em hospitais para captar clientes que foram vítimas de acidentes de trânsito que conhece uma médica viciada em sei lá o que (morfina?), e o mais legal de tudo: tem que ter estômago pra ver até o fim. 

Outros mais bonitinhos são "O filho da Noiva" e "Clube da Lua" dirigidos pelo Juan José Campanella, o mesmo de o segredo dos seus olhos e pra mim o melhor diretor argentino.
Ambos são bem engraçados, o mais interessante é que havia assistido antes do "segredo..." e não tinha dado a menor bola ( tinha um certo preconceito por filmes que não fossem falados em inglês). 

Outro bem engraçado é "Um conto chinês", que é basicamente sobre um dono de uma ferragem (que pelo jeito sofre de TOC) tentando ajudar um chinês que não fala nada em espanhol. 
O ultimo lançado no Brasil é "Tese sobre um homicídio" que estava em cartaz no cine do Ordovás até esse domingo e não pude assistir, uma lástima!

Outro diretor argentino que também é muito bom e tem uma parceria com o Darín é o diretor Pablo Trapero, que dirigiu "Abutres" e "Elefante Branco", além do ótimo " Família Rodante", que não é com o Darín, mas vale mencionar. 
Enfim, sempre que me pedem dica de filmes, logo indico algum desse ator e coitadas das pessoas que me pedem, logo começo a falar sobre todos os filmes dele (sou um tanto quanto prolixa quando se trata de cinema). 

Poderia falar muito mais de cada filme ou de muitos outros, mas acho melhor parar por aqui antes que ninguém consiga ler esse post até o final. 
Tenho que mencionar, por fim, que nunca vou esquecer uma reflexão do personagem Sandoval do "Segredo dos seus olhos", quando ele fala: 

"as pessoas podem mudar tudo, de casa, de cara, de família...namorada, religião, de Deus. Mas tem uma coisa que não se pode mudar, não se pode trocar de paixão."

A paixão do Sandoval era a bebida, a do Benjamin (Darín) era a assessora do Juiz, Irene. Fiquei horas depois do filme pensando qual era a minha...bem, são tantas que ainda não me decidi!


domingo, 6 de outubro de 2013

Peitos facts

(O assunto desse post não é tão polêmico quanto mamilos, mas um dia eu chego lá.)

Atenção: o post a seguir contém alta dose de besteirinhas femininas. 



Facts:
Vejo mulheres reclamando que não tem seios lá grandes coisa, perdi o número que me pediram um pouco dos meus emprestados (!)
As mais afortunadas colocam silicone, as outras recorrem ao bom e velho soutien com bojo (ah quem diga que antes dessa maravilhosa invenção, as moçoilas iam com laranjinhas nas blusas para os bailinhos).
Os meus são tamanho 48 (para quem não entende esse numeração, equivaleria a um G) herdei a maldição das mulheres da minha família materna, peitões. 
Não seria uma coisa tão ruim, se eu medisse ao menos 1,70, no caso meço apenas 1,63 FAIL.
Não há confraternização com os amigos em que os meus peitos não sejam pauta...desde os 13 anos. 
Muitos já me disseram que me reconhecem pelos peitos "sabe a Gisele?" "ah sim, aquela dos peitões". Pois é, não há como escapar, por isso me sinto amaldiçoada. Tenho certeza que se um dia fizer uma cirurgia de redução, vou ficar conhecida na história por: Gisele, aquela que tinha peitões. 
Sou alvo fácil de homossexuais em festas "ai, deixa eu pegar nos teus peitos, eles são tão grandes" =/
Já sofri muito por causa disso, hoje faço apenas como os pinguins de Madagascar: sorrio e aceno.
 A questão é: nunca vi uma mulher dizer que está satisfeita com seus seios, "umas com tanto outras com tão pouco". "O mundo seria um lugar melhor se todas as mulheres aceitassem seus seios como são". Bem, é fácil falar quando se usa apenas 44...
Eu já tentei aceitar meu tamanho 48, mas não consigo, é só chegar o verão que a questão BIQUINI me atormenta, feliz daquelas que podem usar qualquer coisa nas suas peitcholas. 
De outra banda, nem vou entrar no mérito masculino, pois ninguém acreditaria nas coisas que já ouvi de homens por conta disso. 
Até criei uma técnica para quando um homem fala comigo olhando pros meus peitos: assim que eles levantam a cabeça eu fixo o olhar no seu pênis. Pronto! Eles ficam tão constrangidos que não olham mais, façam isso em casa. 

Poderia enumerar milhares de motivos do porque ter peitões é uma maldição, mas escolhi esse assunto para explicar porque é público e notório que eu daria tudo por peitos menores e achei interessante falar alguns fatos sobre uma questão física que praticamente me definiu durante boa parte da vida. E enquanto eles não ficam menores, eu apenas sorrio e aceno. 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Da Ansiedade


Todos sabem como é ficar ansioso. Antes de uma prova, antes de um evento, antes de falar em público, antes de um encontro. Pessoas normais ficam ansiosas com a expectativa criada em torno de algum fato do presente, da vida. As pessoas ansiosas ficam assim com praticamente tudo. Eu sou ansiosa desde criança. Quando tinha que ficar sozinha em casa, mesmo que por pouco tempo, minha barriga doía de Ansiedade (com azão), eu achava que era fome (hehe). Fui crescendo e a Ansiedade crescendo comigo, como uma sombra, uma Gisele lado b. Claro que, naturalmente, um dia ela ficou sem controle, chamou outros sentimentos vorazes e quis assumir de vez a minha vida, cresceu mais que eu, e se tornou Angústia. Precisei fazer terapia (sempre achei fino falar que faz terapia), tomar remédios, visitar enfermarias, praticar técnicas de respiração, de pensamento, até tive que me voltar para a minha espiritualidade adormecida. Tudo de modo a mantê-la sob controle. Tem fases que ela fica absurdamente incontrolável, não há técnica que diminua, tem vezes que ela dorme e é como se já não mais existisse. Quando ela assume, o mundo fica absurdamente impossível, dá medo até de se olhar no espelho e ver todos os seus monstros internos estampados bem na sua cara. É a prova de como uma coisa tão pequena, pode se tornar um gigante, se alimentada em doses homeopáticas (e de forma inconsciente!). Agora que a conheço, finjo que sou sua amiga, para quando ela menos esperar eu matá-la de vez e ela nunca mais vai me pegar de surpresa. A Gisele de alguns anos atrás riria desse post (só quem se sente assim talvez se identifique), ela achava que era dona do seu mundo e do seu pensamento, a Ansiedade não lhe fazia cócegas. Hoje existe uma sombra daquela, que está sempre alerta, sem nunca ter sido escoteira, que ao menor sinal de sua velha amiga se contorce, se distorce, entra pra dentro de si mesma, pra depois sair mais forte, pra que todos tenham certeza que está tudo bem, mesmo que na verdade, nada esteja. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Iniciando os trabalhos mais que amadores



Durante muito tempo alimentei a ideia de ter um blog. Agora que está totalmente fora de moda, que se tornou tão 2010 (ou 2009?) finalmente tive tempo e inspiração de criar um. O objetivo desse espaço...bem, na verdade são vários objetivos. A eterna necessidade de expor minhas opiniões por aí, mesmo sem ninguém ter pedido por elas é a principal. É impossível viver em cima do muro, se posicionar sobre as coisas é o mínimo que se pode fazer para não passar por este mundo em vão, como uma sombra. "Tanto faz" é a expressão mais bege já criada. 
Objetivos secundários podem ser consideradas meras opiniões/sugestões de uma cinéfila/leitora/ouvinte amadora, que muda constantemente de gostos e cores. Criar esse blog também faz parte de uma série de mudanças na vida dessa que vos fala, o início de um novo ciclo, de uma nova "era", quase um rito de passagem, para ser mais solene. Se são do interesse do resto do mundo ou dos mais chegados, não sei, mas vale a pena não atulhar a timeline do facebook dos meus caros amigos com minhas postagens. Espero que esses minutos que você perdeu lendo meus singelos pensamentos e opiniões sejam , no mínimo, divertidos. 

Aviso: favor, ignorar possíveis erros gramaticais e/ou ortográficos.